Grandes contradições...
· A campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, realiza-se no dia 25 e 26 de Novembro
· A campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, realiza-se no dia 25 e 26 de Novembro
· Hoje sai um artigo no jornal “Público”: Amanhã, dia 25 de Novembro, comemora-se o “Dia sem compras em Portugal”. O Grupo de Acção e Intervenção Ambiental promove amanhã em Portugal o Dia Sem Compras -Movimento que propõe aos consumidores que levem "uma vida simples" e que passem o dia com familiares e amigos, "em vez de gastar dinheiro".
As duas causas são importantes. Sim, (tudo muito bem!) mas em que ficamos? Em “casa” com a familia sem consumir? Ou ir às compras contribuir para a campanha do Banco Alimentar Contra a Fome?...
"Como é possível escolher o dia de amanhã para não se consumir, quando amanhã e Domingo deveríamos consumir (para os outros)? Se há algum dia do ano em que se deva consumir, esse dia é amanhã... "
O que eu aqui quero sublinhar, são de certa forma, as contradições em termos de informação, porque aparenta existir uma falta de coerência e consciência relativamente ao que se passa em termos de iniciativas que se vivem em Portugal (que bem precisa de iniciativas destas!).
Talvez seja uma boa oportunidade para pensar em tudo isto; desde a qualidade de tempo que vivemos com as nossas familias, ao elevado consumismo que se vive nos dias de hoje; como também nas familias em Portugal que têm uma mesa vazia...
Vale a pena pensar...
1 comentário:
olá! tudo bem contigo? Vou comentar o teu texto porque acho que deixaste aqui uma bela deixa. De facto, acho que muitas vezes se gasta dinheiro em coisas desnecessárias, que às vezes até poucas vezes usamos. Compreendo que as pessoas tenham de descontrair e para muitas pessoas consumir é um escape, mas por outro lado talvez devêssemos pensar em coisas mais positivas que esse dinheiro pode fazer, como ajudar quem passa fome. Há milhões de pessoas a passar fome no mundo, o que é uma tragédia enorme, quando o planeta, com a tecnologia que possuímos hoje, pode produzir alimento suficiente para alimentar todos equilibradamente e ainda sobrar. Se nos pusermos na posição de quem passa fome (e muita gente já nasceu pobre, não tem culpa de o ser), conseguimos imaginar uma ínfima parte do que sofre. Passar fome é apenas uma parte. O facto de não comer faz com que não tenha forças para fazer mais nada; nada do que nós julgamos quase indispensável para a nossa vida. Assim, penso que damos pouco valor ao que temos, quando falamos na crise em Portugal e na Europa; e África?! Ele é fome, é sida, é malária, é guerra, é tudo o que há de mau e do pior e nós é que estamos em crise? Esta crítica é também a mim, pois não tenho participado em qualquer iniciativa de combate à fome, sobre a qual nunca é demais falar, penso eu. Quanto ao banco alimentar, apesar de não ter participado, acho que é uma grande iniciativa e ainda bem que há quem contribua para ela. Beijos
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