domingo, 24 de dezembro de 2006

Poema de Natal

... "Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente."
* Feliz Natal e Feliz Ano Novo!!!
Excerto de "Poema de Natal", Vinicius de Moraes

sábado, 23 de dezembro de 2006

Voluntariado De Apoio Aos Sem-Abrigo Noite De Natal

InfoNature.Org - O Espírito da Mudança

http://www.infonature. org
A Proteger o Planeta e Toda a Vida

Avisamos que temos uma acção de voluntariado para: NOITE DE NATAL - DOMINGO, DIA 24, às 21.30H (Saída às 22h)

"Vimos por este meio anunciar a todos os interessados que a organização InfoNature.Org organiza iniciativas baseadas no voluntariado, que consiste no apoio essencialmente emocional e de ajuda aos sem-abrigo entre outras pessoas carenciadas, várias vezes por mês na área de Lisboa.

Organizamos estas acções de forma a podermos minorar algumas das necessidades básicas de pessoas sem-abrigo/carencia das e consequentemente o seu sofrimento, essencialmente a nível emocional. Para isso no entanto precisamos de todas as pessoas de boa vontade que possam ser voluntárias e ajudar da maneira que lhes for possível. Qualquer ajuda por mais "pequena" que seja será sempre bem vinda. Se não puder participar, por favor informe outras pessoas que o possam. Se quiser informar-se mais sobre este projecto, colaborar e inscrever-se como voluntário, por favor leia o texto abaixo e siga as instruções indicadas, contactando- nos pelo e-mail: nucleo-solidariedad e@infonature. org (contacto do núcleo de solidariedade) . "

INFONATURE.ORG - NÚCLEO DE SOLIDARIEDADE
Projectos de apoio aos sem-abrigo e pessoas carenciadas.

CONTACTOS:
E-mail: nucleo-solidariedad e@infonature. org - Números de contacto: David: 965093250 + Pedro: 963453802

Recebido por email

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Natal Social: O Verdadeiro Mercado Alternativo

A Cores do Globo está no Anteneu com uma embaixada produtos de comércio justo, a marcar presença no Natal Social - é um mercado alternativo organizado pela Crew Hassan de 18 a 24 de Dezembro. Todas as noites há Dj's e Live Acts, um salão oriental e massagens, artesanato alternativo e mais, todos os dias - das 16h às 2h da manhã, dia 24 fecha às 17h e abre à meia-noite e meia com uma festa de arromba, num evento que se torna obrigatório no natal lisboeta. Na Rua das Portas de Santo Antão 110.

Horário de Natal da Mercearia do Mundo:
Fim de semana 16-17 de Dezembro - Sábado e Domingo - 11:00-19:30
Fim de semana 23 de Dezembro - Sábado - 11:00-19:30

*A associação Cores do Globo é uma ONGD que trabalha na promoção de uma alternativa. O Comércio Justo, nascido nos corredores da ONU nos anos 60, estabelece um sistema mais equitativo, regulado e transparente de trocas comerciais, que permite hoje a milhões de pessoas nos países do Sul viver em condições dignas e ter condições efectivas de desenvolvimento.

Veja mais informações em: http://coresdoglobo.org


quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

A Extinção das Espécies... TEMPO DE AGIR!

Muitas espécies de animais estão neste momento em vias de extinção. O crescimento da população humana e a agricultura descontrolada são as principais razões para a perda de habitat.

A necessidade por parte do homem em criar aumentos de produtividade alimentar traduz-se na destruicao de grandes territórios naturais. Desta forma, não só predomina a agricultura, mas também predominam outros tipos de exploração de espaços naturais como a extraição da madeira, entre outras. Assistimos a efeitos devastadores nas florestas do nosso planeta. Por outro lado, a Antártida sofre o aquecimento global que traz graves consequências às espécies que lá vivem.

As espécies cujos habitats estão neste momento sobe grandes ameaças são o Tigre bengal, o elefante asiático, o gorila, o urso polar, o orangutango, o panda gigante, entre muitos outros.
Mesmo assim ainda estamos a tempo de agir! Podemos todos fazer a nossa parte:
  • Procure Poupar a energia e reduzir as emissões de dióxido de carbono. Desligue todas as luzes e applicações eléctricas quando nao estão em uso – não desligue a televisão (ou outro aparelho) no comando, pois assim ela continua ligada e continua a gastar energia;
  • Reduse, Re-use, Recicle!

  • Procure comprar produtos recicláveis

  • Procure comprar produtos de limpeza e outros que sejam ecológicos

  • Utilize panos na cozinha em vez de rolos de papel

  • Reutilize os versos das folhas de papel que use

  • Separe as embalagens usadas e deposite os metais/ plásticos/cartão/vidro e pilhas nos respectivos contentores

  • Quando possível, compre alimentos produzidos no local. Compre fruta e vegetais que sejam da estação para ajudar a reduzir os elevados custos que resultam da transportação.

  • Poupe na água e verifique que as torneiras estejam bem fechadas quando não estão em uso. (Com esta medida também pode ver melhorias no pagamento das contas no final do mês...)

Fontes: WWF - For a living Planet

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Elogio ao Amor

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.

Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.

Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.

O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra.

O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.

Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.

O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.

A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.

O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.

O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.

O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal.

Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra.

A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder.

Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso, Jornal Expresso

domingo, 10 de dezembro de 2006

Realeza?

Um dia destes assisti a um programa de televisão em que não quis acreditar no que via e ouvia: A confirmação de que os chapéus negros usados pelos guardas reais britânicos são feitos de pêlo de urso pardo do Canadá. Para cada um dos chapéus poder ser usado, um urso Pardo é morto.
Como é possível isto acontecer na Grã-Bretanha, país onde surgiram as primeiras leis protectivas dos animais? (1849, regulando a proteção dos animais domésticos)! E onde se afirma tanto valorizar os “direitos dos animais”?
Afinal o que é uma realeza que derrama sangue desta forma com o intuito de utilizar o pêlo de animais para acções de cerimónia e afins? Como exemplo, o conhecido “render da guarda real no Palácio de Buckingham"... Centenas de pessoas assistem...
Simultaneamente editado no blog http://the rainbowwarrior.blogspot.com

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

"Perde-se muito tempo
a perguntar quem somos...

quando o que somos
se limita a acontecer"
Texto de Luis Ene

domingo, 3 de dezembro de 2006

Tribo Masai...

Tendo conhecimento desta informação hoje no blog http://therainbowwarrior.blogspot.com/, não podia mesmo deixar de abordar a injusta situação com que os Masai se confrontam...

Os membros da tribo masai, do Quénia, pedem em uma "acção urgente" para lutar contra as alterações climáticas, apresentado-se como "as primeiras vítimas" deste fenómeno apesar de pouco ou nada contribuírem para o aquecimento global.

"O meu povo não anda de 4x4, não vai de fim-de-semana, não parte de férias de avião, mas sente os efeitos das alterações climáticas", lamentou Sharon Looremetta, um masai membro de uma organização não-governamental, numa conferência de imprensa realizada à margem do encontro das Nações Unidas sobre o clima, que decorreu entre os dias 6 e 17 de Novembro, em Nairobi, a capital do Quénia.

"É uma enorme injustiça. Por isso, apelamos a uma acção urgente", disse Looremetta.
Os masai, que constituem uma tribo distruibuída essencialmente pelo Quénia e pela vizinha Tanzânia, "são os primeiros e os mais atingidos pelas alterações climáticas", provocadas essencialmente pelas emissões de gases com efeito de estufa, relacionadas com a combustão de energias fósseis, como o carvão e o petróleo, afirmou.

"Tivemos muito pouca chuva nos últimos três anos, os animais morrem, as crianças não vão à escola, as mulheres passam a maior parte do tempo à procura de água e não estão ocupadas com actividades que permitem ganhar a vida", lamentou Looremettta.

"O mais chocante nesta notícia e na situação de povos como os Masai (que não constituem casos isolados nem pontuais) é a situação de injustiça que ela representa. Os povos que mantiveram o seu suposto estado de subdesenvolvimento são aqueles que mais vão sofrer. Por um lado, têm o azar da distribuição dos efeitos das alterações climáticas. Por outro possuem uma menor capacidade de adaptação a mudanças climáticas, resultado de uma maior pobreza e maior dependência/ligação com os recursos naturais. Hoje ainda continuam a ser discutidos os perdões de supostas dívidas externas dos países menos desenvolvidos (a maioria delas já pagas várias vezes devido aos juros).

No entanto, a verdadeira dívida é uma dívida ecológica, que nós devemos a esses países por séculos de colonialismo (que continuam através de um neocolonialismo essencialmente económico), que conduziram à expropriação e usurpação dos seus recursos naturais e que permitiram o enriquecimento da "grandiosa" civilização ocidental. E agora, como lhes podemos pagar? Alguém vai ouvir o grito de urgência dos Masai?"

Fontes: http://therainbowwarrior.blogspot.com/; publico.pt Gualter Barbas Baptista

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

1 de Dezembro - Dia Mundial da Luta Contra a SIDA

Todos os dias, 11.000 pessoas são contaminadas pelo vírus, ou seja 4,3 milhões este ano, mais 400.000 do que há dois anos, alerta a ONUSIDA, que divulga o relatório por antecipação ao Dia Mundial da SIDA, a 1 de Dezembro. De acordo com o documento, dos 39,5 milhões de pessoas que vivem com o VIH/SIDA, 37,2 têm idades compreendidas entre os 15 e 49 anos, e 2,3 milhões são crianças com menos de 15 anos. Os jovens (entre os 15 e os 24 anos) representam 40 por cento das novas infecções.