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terça-feira, 6 de julho de 2010

O filósofo que viveu onze anos com um lobo

Nasceu no país de Gales, frequentou um curso de engenharia e queria ser surfista profissional. Acabou por doutorar-se em Filosofia, andar de país em país por escolha própria e escrever livros dedicados ao estatuto moral dos animais.

Filho de um polícia e de uma professora, Mark Rowlands, 47 anos, o docente universitário viveu dos 27 aos 38 anos com um lobo. Esta jornada levou-o a tecer algumas considerações acerca da natureza humana.

O autor de O filósofo e o Lobo (Lua de Papel, €15) reside em Miami, nos Estados Unidos, é casado, tem dois filhos e um cão.


Que razões o levaram a querer ter um lobo como animal de estimação?
Assim que comecei a trabalhar como professor universitário, nos Estados Unidos, senti falta de um animal de companhia como os grand danois que tinha na casa de família Comprei o jornal local [no Estado do Alabama] e encontrei um anúncio que me chamou a atenção: "Crias de lobo para venda, 96 por cento". O meu destino foi traçado a partir daí.

Que surpresas lhe trouxe essa decisão?
Não é muito diferente de ter um cão de grande porte, não eram substanciais. Mas há um aspecto digno de registo: eu tinha de andar sempre com ele, porque caso o deixasse sozinho em casa, seria uma questão de minutos até destruir tudo o que eu tivesse lá dentro.

Como foi para si lidar com isso?
Estudei programas de treino e ensinei-o a comportar-se em sítios públicos, por exemplo. Fui aprendendo com ele, um dia de cada vez. Sempre nos demos bem, nos transportes públicos ia de trela comigo e nunca foi agressivo.

Sempre viajou muito, com Brenin atrás. Nunca teve problemas?
Eu usava um estratagema e dizia às pessoas que era um cão. O desafio maior foi a mudança dos Estados Unidos para a Irlanda. Ele teve que ficar em quarentena durante seis meses e custou-me, mas nunca foi um problema.

Como reagiram os seus pais quando souberam que vivia com um lobo?
Eles estavam num continente e eu noutro. O meu pai ficou um bocado intrigado, mas não preocupado. Na minha família havia a tradição de resgatar cães grandes, como os grand danois, que são adoráveis mas também podem dar problemas.

O que significava Brenin para si?
Era como um irmão. Uma amigo que me merecia uma grande admiração, pela sua força de carácter. Vou lembrar-me sempre da reacção de Brenim em situações críticas, como a que testemunhei uma vez com um pit bull de um amigo meu: na iminência de ser atacado mortalmente, a sua postura era de calma desafiante, mas nunca de desespero. Ele tinha apenas dois meses.

Esta experiência levou-o a questionar mitos, no plano filosófico?
Fez-me investigar o lado obscuro dos atributos vulgarmente associados à nossa superioridade sobre os outros animais: a inteligência, a moral e a consciência de que somos mortais. O que nos distingue enquanto espécie não abona a nosso favor.

Porquê?
Como fundamento no livro, a raiz da inteligência assenta na capacidade de enganar e manipular; a moral alicerça-se no poder e na mentira; a consciência de que vamos morrer leva-nos a tomar decisões duvidosas como lutar e ter sucesso para dar um sentido da vida, o que nos torna infelizes.

Parece que o mau da fita não é o lobo.
Criou-se essa ideia porque em tempos remotos eles competiam com os humanos por alimentos. A nossa espécie trilhou um caminho evolutivo discutível e gosto de usar a metáfora dos nossos dois lados, o primata e o lupino. O macaco - e eu também tenho um! - faz tudo para ter poder e chegar ao topo, sendo capaz de premeditar, fazer alianças, manipular e dissimular. O lobo equivale à parte de nós que olha para essas questões com desprezo. Gosto da minha faceta de lobo, mas detesto a outra.

E como gere essa faceta na sua vida diária?
(pausa) ... É uma boa questão. Talvez tentando manter as coisas em perspectiva, porque uma vida assente no conceito de sucesso não compensa. Talvez a felicidade não seja isso, mas antes o fazer coisas boas, ser uma pessoa boa. E mesmo a inteligência, por mais útil que seja, pode ser usada para coisas terríveis, como a extinção de outras espécies.

Tem feito críticas a colegas seus, por causa do abuso em animais. Quer especificar?
Refiro-me a experiências feitas nos anos cinquenta e replicadas durante décadas, envolvendo tortura animal. Colocavam cães numa jaula electrificada com uma barreira que ia subindo até ao ponto de a cobaia não mais poder transpô-la. Os bichos agonizavam, defecavam e urinavam sem controlo, até desistirem. A ideia era mostrar que o desespero humano podia ser aprendido. Tais experiências fizeram as carreiras de investigadores de Harvard, mas não beneficiaram ninguém até hoje.

Nove anos depois da morte de Brenin, em que ocasiões se lembra mais dele?
Quando a vida me corre mal, e às vezes corre mesmo, lembro-me sempre dele, transmitindo a sua força e calma nas situações mais adversas, sem recuar ou desistir.

Sempre se definiu como um solitário boémio. Ainda é assim?
(pausa) Houve alturas da minha vida em que me sentia como um lobo. Hoje tornei-me mais suave e paciente. Em muitos aspectos sou uma pessoa melhor, mais tolerante e capaz de perdoar.

Já pensou em ter outro lobo?
Tenho dois filhos que dominam a minha vida de forma tão ou mais exigente do que um lobo. Não existe espaço suficiente na minha vida para isso, neste momento.

Como vê a sociedade actual?
Somos impacientes por natureza. Até que ponto estamos dispostos a fazer sacrifícios é a questão central. De momento isso não é evidente: continuamos a andar de carro, a assistir a derrames de petróleo, ao aquecimento global. O acordo de Copenhaga foi uma piada, as mudanças de atitude são irrisórias e as consequências dramáticas. O que se passa com os lobos é um bom indicador disso. Na América dizem que tencionam reintroduzi-los, mas logo que existam algumas centenas, tencionam voltar a matá-los. E porquê? Porque matam os veados e os alces e os caçadores querem ter esse direito em primeira-mão.

Em: Revista Visao

segunda-feira, 26 de abril de 2010

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Por favor, peça ao Governo Chinês e ao Município de Pequim que não autorizem a introdução de touradas na China

Mais uma vez a ANIMAL sugere esta mensagem e menciona os respectivos endereços na luta desta causa:

Não é a primeira vez que o tenta fazer, mas esta parece ser uma tentativa mais forte. Um sector da indústria tauromáquica espanhola, liderado pelo matador de touros Manolo Sanchéz, está, de acordo com diversas notícias, incluindo do jornal espanhol EL MUNDO (26 de Novembro de 2009) a tentar introduzir touradas na China, nomeadamente através da construção de uma praça de touros fixa na localidade de Huairo-Beijing. É intenção destes promotores tauromáquicos organizar pelo menos 16 touradas por ano em Beijing, entre os meses de Junho e Setembro de cada ano.

Pelo facto da indústria tauromáquica estar em crise na Europa e na América Latina – onde se concentram os nove únicos países do mundo que ainda permitem a realização de touradas –, estando a enfrentar crescentes dificuldades económicas, assim como sociais e políticas, principalmente associadas ao facto de, por todo o mundo e também já de forma muito expressiva nos países com actividade tauromáquica, as touradas estarem a ser cada vez mais firmemente reprovadas e censuradas até por decisões judiciais e políticas destes estados, diversos promotores tauromáquicos têm tentado exportar touradas para locais do mundo – como a China – onde estas não existem, de modo a tentarem salvar o seu negócio sanguinário.

Em face disto, a ANIMAL, em colaboração com o CAS – Comité Anti-Touradas da Holanda e com a League Against Cruel Sports, do Reino Unido, pede-lhe que se junte a nós para pedir ao Governo Chinês e às autoridades municipais de Pequim que tomem todas as medidas necessárias para que nenhuma actividade tauromáquica, temporária ou permanente, seja autorizada ou tornada possível em Pequim ou em qualquer parte da China.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Associação Animais de Rua

Vim a tomar conhecimento desta loja do projecto Animais de Rua há já alguns meses. Há produtos muito giros e o dinheiro reverte a favor de uma boa causa.

De acordo com o website, o produto das vendas é canalizado na totalidade para financiar esterilizações e tratamentos de animais de rua ou carenciados. Esta t-shirt é uma das sugestões que por lá anda. Há produtos de vários preços e muito por onde escolher...

"Idealmente, a Associação Animais de Rua não deveria existir. Num mundo ideal, todos os animais de companhia teriam direito a viver num lar, protegidos das condições climatéricas adversas e dos perigos da rua. Mas, como sabemos que no nosso país estamos ainda, infelizmente, muito longe de conseguir esse objectivo último, a Associação Animais de Rua foi criada para tentar minorar o sofrimento dos animais de rua e não permitir que continuem a gerar mais vidas sem abrigo, destinadas a sofrer, sem acesso a alimentação nem a cuidados de saúde. O nosso trabalho é paralelo e complementar ao trabalho das associações de protecção animal que acolhem e encaminham para adopção animais abandonados.

A Associação Animais de Rua não tem espaço próprio e, portanto, não pode acolher animais errantes. O nosso trabalho consiste no apoio à captura e esterilização de animais de rua, que são posteriormente libertados no seu meio."


domingo, 6 de dezembro de 2009

Part 3:Grupo Desportivo Parlamentar retira animais selvagens do seu espectáculo de circo... mas mantém domésticos...

Em face das centenas e centenas de mensagens de protesto que cidadãs e cidadãos preocupados com os animais enviaram, no seguimento do alerta da ANIMAL, a diversos decisores da Assembleia da República, manifestando perplexidade e indignação pelo facto do Grupo Desportivo Parlamentar ter encomendado uma sessão especial de circo – com animais – ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para o dia de amanhã, 6 de Dezembro, e depois de, na sequência desses protestos, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (o único dos seis grupos parlamentares na Assembleia da República que respondeu ao apelo tomando posição sobre este assunto) ter condenado também aquele espectáculo e anunciado que nenhum dos seus deputados ou assessores iria ao mesmo espectáculo...

... o Grupo Desportivo da Assembleia da República decidiu retirar os animais selvagens do espectáculo de circo que amanhã se realizará… tendo, porém, lamentável e incompreensivelmente, decidido manter os números com animais domésticos (pombas e cães) no dito espectáculo de circo – quando o mesmo deveria apenas decorrer sem qualquer animal, doméstico ou selvagem, dado que o lugar de animais domésticos e selvagens não é no circo e dado que o sofrimento e a privação são fenómenos que, nos circos, tanto são experienciados por tigres ou elefantes, como por pombas ou cães.

Mais uma vez a ANIMAL sugere esta mensagem que todos podemos enviar congratulando e agradecendo ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda por ter tomado posição contra este espectáculo de circo com animais e agradecendo e congratulando os responsáveis da Assembleia da República que estão a organizar este espectáculo de circo por terem decidido retirar do mesmo os animais selvagens que nele participariam, mas condenando e lamentando que não tenham feito o mesmo com os animais domésticos, que também deveriam ter sido retirados deste espectáculo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Part2: Cancelar a "Sessão especial" de Circo com animais no Coliseu

Sobre o post anterior e se a opção de te juntares à ANIMAL no dia 6 de Dezembro no Coliseu, não é possível (como é no meu caso por viver longe), o site da ANIMAL possui um exemplo de mensagem que pode ser enviada ao Presidente e à Secretária- Geral da Assembleia da República para cancelarem a sessão especial de circo com animais, no Coiseu.

Tudo o que terás de fazer é muito simples: copiar a mensagem Sugerida aqui , ou escreveres uma mensagem original tua e enviá-la por email. Simples!

Eu vou fazer a minha parte!

Cancelar a "Sessão especial" de circo com animais no Coliseu!



Lamentável e incompreensivelmente, depois do Governo Português ter, em boa hora, decidido implementar legislação que, a prazo, acabará com a manutenção e uso de animais selvagens em circos em Portugal, a Assembleia da República está, ainda assim, a organizar uma sessão especial de espectáculo de circo com animais (incluindo animais selvagens), no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no próximo dia 6 de Dezembro, para os membros e funcionários do Parlamento e respectivas famílias.

Neste Domingo, 6 de Dezembro, pelas 17h30m, por favor esteja junto ao Coliseu dos Recreios. Por favor, não falte! Se acredita que o circo não deve ter animais, venha protestar connosco!

A ANIMAL levará a cabo uma acção de protesto contra a infame manutenção de animais nos circos e também contra a lamentável decisão da Assembleia da República de oferecer, mais uma vez, aos seus membros e funcionários um deplorável espectáculo de cruel subjugação de animais que até já o Governo Português censurou legislativamente.

Neste Domingo, 6 de Dezembro, pelas 17h30m, por favor esteja junto ao Coliseu dos Recreios. Por favor, não falte! Se acredita que o circo não deve ter animais, venha protestar connosco!

“Seja a mudança que quer ver no mundo.” - Mohandas K. Gandhi

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Campanha interessante e ajuda precisa-se!

Recebi este evento por email e achei por bem divulgar neste espaço A ajuda para o projecto Animais da Moita é precisa.
Dei assim uma espreitadela no blog citado em baixo e posso dizer que vale bem a pena ver, especialmente nesta altura, a umas semanas do Natal... Recomendo!
Seguem-se algumas coisas que eu gostei...





Amigos,

Nos dias 5 e 6 de Dezembro vamos estar novamente em Campanha de recolha de donativos, e como são dois dias inteirinhos precisamos muito de muitas mãos amigas.

Pedimos a quem nos possa ajudar que nos diga em que dia e horários. Sem terem de ser estanques, os turnos foram estipulados assim:

Sábado:
das 8:30 às 13:30
das 13h às 18:30
das 18h às 23:00

Domingo
das 8:30 às 13:30
das 13h às 18:30
das 18h às 23:00

Vamos ainda precisar de transporte dos donativos para a Moita, pois esperamos que venham a ser muitos.

Mais uma vez lembramos que temos muitas novidades na nossa lojinha e que as peças irão para a campanha... é melhor espreitarem já... :)

Obrigada a todos, apareçam e divulguem muito

Mais links:

Informação sobre o projecto recebida por email

domingo, 29 de novembro de 2009

Lamentável... Austrália abate 6 mil camelos


De facto inacreditável e altamente desumano...

Animais invadem aldeias à procura de água

As forças de segurança do estado australiano do Território do Norte sobrevoaram quinta-feira de helicóptero a zona desértica de Outback para abater seis mil camelos selvagens que se entraram nas localidades em busca de água.

Desde há semanas, cerca de seis mil animais invadem todas as noites as aldeias da região de Outback, rompendo valas, arrancando aparelhos de ar condicionado, arrasando tudo o que se coloca na sua passagem e contaminando as reservas de água.

Os camelos estão desesperados à procura de água, devido a uma grave seca que atinge a região, a pior da década, que, somada à vaga de calor, obriga os animais a competir por água com as ovelhas e as vacas.

Os habitantes da região, assustados com os ataques dos camelos, pediram ajuda às autoridades, que decidiram adoptar uma medida drástica: assustaram os animais, obrigando-os a manterem-se longe dos povoados e, uma vez no deserto, abateram-nos, deixando os seus cadáveres a apodrecer.

A operação custou mais de 49 mil dólares australianos, o equivalente a 30 mil euros e já mereceu a contestação das organizações de direitos dos animais que a qualificaram de "barbárie" e pediram aos habitantes que ergam barreiras para impedir que os camelos invadam as aldeias durante a noite.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Proibição da compra de animais estimulará a criatividade artística



"A directora criativa do Cirque Soleil Lyn Heward considerou que a portaria portuguesa que proibe a compra ou reprodução de animais para o circo obrigará os artistas circenses a desenvolver a sua criatividade. Lyn Heward disse no seminário sobre Criatividade, destinado a empresários, em Lisboa, que não era nem a favor nem contra a presença de animais no mundo do circo. "Pessoalmente, adoro animais e não me incomoda vê-los a actuar.", afirmou.

O que a preocupa é a forma como se encara esse trabalho, como são expostos e transportados. "Ao contrário do ser humano, um animal não toma a decisão de ser artista de circo porque não tem essa capacidade de escolha", frisou.

Lyn Heward até vê vantagens: "Se não puder haver animais no espectáculo, então o ser humano vai ter que desenvolver muito mais a sua criatividade. E isso é óptimo", defendeu. Esta medida não preocupa o Cirque Soleil, que não trabalha com animais.

Este circo canadiano começou com 73 artistas de rua e actualmente tem 20 diferentes espectáculos espalhados pelo mundo e 4.000 empregados, dos quais 1.100 são artistas."

Em Blog da Animal
Imagem de Harry Wad

sábado, 7 de novembro de 2009

Animais proibidos nos circos



Hoje tomei conhecimento desta notícia em Portugal:

"Lisboa, 12 Out (Lusa) - A exibição de animais nos circos tem os dias contados com a publicação de uma lei que proíbe a compra de novos macacos, elefantes, leões ou tigres e que impede a reprodução dos animais já detidos pelos circos.

A portaria 1226/2009, publicada hoje e que entra em vigor na terça-feira, divulga uma lista de espécies consideradas perigosas, pelo seu porte ou por serem venenosas, que só podem ser detidas por parques zoológicos, empresas de produção animal autorizadas e centros de recuperação de espécies apreendidas.

Os circos não fazem parte da lista de excepções, assim como as lojas de animais, que também ficam proibidas de vender cobras de grande porte ou venenosas, algumas aranhas ou lagartos."

Confesso que esta notícia me fez sentir um pouco mais feliz e aliviada até por uns segundos, pois é um passo no sentido da mudança. Mas pergunto-me até que ponto a lei será realmente cumprida...

Será um começo...